Na
atualidade os movimentos sociais reconhecem a importância do conceito
de ''interseccionalidade'' para avançar os direitos humanos em várias
frentes. Entretanto, homens gays não devem aderir à interseccionalidade
de modo acrítico, mas devem apoiá-la de forma racional; é necessário que
esta seja sempre uma via de mão dupla. Verifique se está ocorrendo uma
contrapartida com a questão homossexual,
observe se as demandas da comunidade gay não estão sendo
subalternizadas, evite se possível a hierarquização das opressões. Por
fim, devemos ter sempre em mente que outros movimentos sociais foram
criados por heterossexuais, e seu caráter ''heterocêntrico'' pode
demorar a atenuar-se. Quando não existir isonomia, procure favorecer a
comunidade gay; por maiores que sejam os problemas de outras minorias,
elas podem contar com seu próprio grupo, que ainda é hegemônico no
campo da sexualidade e orientação sexual: os heterossexuais.
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