Na
atualidade os movimentos sociais reconhecem a importância do conceito
de ''interseccionalidade'' para avançar os direitos humanos em várias
frentes. Entretanto, homens gays não devem aderir à interseccionalidade
de modo acrítico, mas devem apoiá-la de forma racional; é necessário que
esta seja sempre uma via de mão dupla. Verifique se está ocorrendo uma
contrapartida com a questão homossexual,
observe se as demandas da comunidade gay não estão sendo
subalternizadas, evite se possível a hierarquização das opressões. Por
fim, devemos ter sempre em mente que outros movimentos sociais foram
criados por heterossexuais, e seu caráter ''heterocêntrico'' pode
demorar a atenuar-se. Quando não existir isonomia, procure favorecer a
comunidade gay; por maiores que sejam os problemas de outras minorias,
elas podem contar com seu próprio grupo, que ainda é hegemônico no
campo da sexualidade e orientação sexual: os heterossexuais.
A personal blog by a graying (mostly Anglo with light African-American roots) gay left leaning liberal progressive married college-educated Buddhist Baha'i BBC/NPR-listening Professor Emeritus now following the Dharma in Minas Gerais, Brasil.
Tuesday, September 3, 2019
Via União Nacional LGBT - Inconfidentes / FB:
HISTÓRIA
— O movimento LGBT (anteriormente chamado de movimento gay, movimento
homofílico, e movimento uranista) foi fundado originalmente por homens
gays. É politicamente incorreto afirmar isso nos dias atuais. Mas os
fatos históricos não devem ser encobertos por mentiras convencionadas
por códigos de correção política.
Além disso, a comunidade gay, como outras comunidades minoritárias, desviantes e marginalizadas, tem o direito de tomar posse da sua memória, e o direito de orgulhar-se das suas lutas.
A faxina cultural da história gay promovida pelo heterossexismo tradicional tem se somado à micro faxina cultural levada a cabo pelo comboio de movimentos sociais LGBTQI+. É importante, neste sentido, e em tais circunstâncias, que todos saibam que:
▬ O movimento gay não começou após os motins de Stonewall, em 1969. Este movimento teve início no século XIX na Alemanha. O primeiro revolucionário gay se chamava Karl Heinrich Ulrichs (1825). O conceito de "gay right" é invenção dele; portanto o "Orgulho" existe graças a Ulrichs. O primeiro grupo gay apareceu em 1887. O movimento homossexual alemão foi muito importante e obteve mudanças sociais significativas. Antes do advento do nazismo existiu uma coalizão que agregava milhares de ativistas, e se expandiu para outras nações europeias, como a Suíça, sobrevivendo aos nazistas.
▬ Na América, os primeiros ativistas apareceram já na década de 20, inspirados pelo movimento gay alemão. E depois nos anos 40, 50 e 60, antes dos motins [de Stonewall]. Na época dos motins havia dezenas de grupos gays organizados; inclusive existiam revistas gays de ativismo a nível nacional desde os anos 50. Durante toda a década de 60, homossexuais militantes saíram às ruas para protestar publicamente contra discriminação e por direitos civis.
▬ Os motins de Stonewall são um marco simbólico para o movimento gay; a partir dele as manifestações de rua tomaram a forma de "paradas", tal como conhecemos hoje (anteriormente as manifestações de rua aconteciam sob a forma de piquete) e o termo "gay" popularizou-se para a cultura mainstream. Segundo o historiador David Carter, o sucesso de tais motins deve-se principalmente a jovens homossexuais sem teto, em sua maioria caucasianos e afeminados. Havia poucos latinos, poucos gays masculinos, e quase nenhuma transexual e travesti. A alegação do movimento transgênero americano de que foram as travestis e transexuais "quem mais lutou" ou "quem começou a luta" é ilegítima.
▬ Os motins de Stonewall não representam a "primeira rebelião gay" do mundo. Nos anos 60 ocorreram vários motins em bares frequentados por homossexuais; um dos mais importantes aconteceu na "Taverna do gato preto", em 1966. Além disso, também existiram motins no século dezoito na Inglaterra, dentro de uma ''casa Molly'' (casa de maric*s, bar gay pré moderno) e uma rebelião contra uma lei homofóbica em Tessalônia (na Grécia), no ano de 388 da Era Comum (EC).
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Texto levemente adaptado do original de Walter Silva — ativista e pesquisador independente da cultura e memória da comunidade Gay
Além disso, a comunidade gay, como outras comunidades minoritárias, desviantes e marginalizadas, tem o direito de tomar posse da sua memória, e o direito de orgulhar-se das suas lutas.
A faxina cultural da história gay promovida pelo heterossexismo tradicional tem se somado à micro faxina cultural levada a cabo pelo comboio de movimentos sociais LGBTQI+. É importante, neste sentido, e em tais circunstâncias, que todos saibam que:
▬ O movimento gay não começou após os motins de Stonewall, em 1969. Este movimento teve início no século XIX na Alemanha. O primeiro revolucionário gay se chamava Karl Heinrich Ulrichs (1825). O conceito de "gay right" é invenção dele; portanto o "Orgulho" existe graças a Ulrichs. O primeiro grupo gay apareceu em 1887. O movimento homossexual alemão foi muito importante e obteve mudanças sociais significativas. Antes do advento do nazismo existiu uma coalizão que agregava milhares de ativistas, e se expandiu para outras nações europeias, como a Suíça, sobrevivendo aos nazistas.
▬ Na América, os primeiros ativistas apareceram já na década de 20, inspirados pelo movimento gay alemão. E depois nos anos 40, 50 e 60, antes dos motins [de Stonewall]. Na época dos motins havia dezenas de grupos gays organizados; inclusive existiam revistas gays de ativismo a nível nacional desde os anos 50. Durante toda a década de 60, homossexuais militantes saíram às ruas para protestar publicamente contra discriminação e por direitos civis.
▬ Os motins de Stonewall são um marco simbólico para o movimento gay; a partir dele as manifestações de rua tomaram a forma de "paradas", tal como conhecemos hoje (anteriormente as manifestações de rua aconteciam sob a forma de piquete) e o termo "gay" popularizou-se para a cultura mainstream. Segundo o historiador David Carter, o sucesso de tais motins deve-se principalmente a jovens homossexuais sem teto, em sua maioria caucasianos e afeminados. Havia poucos latinos, poucos gays masculinos, e quase nenhuma transexual e travesti. A alegação do movimento transgênero americano de que foram as travestis e transexuais "quem mais lutou" ou "quem começou a luta" é ilegítima.
▬ Os motins de Stonewall não representam a "primeira rebelião gay" do mundo. Nos anos 60 ocorreram vários motins em bares frequentados por homossexuais; um dos mais importantes aconteceu na "Taverna do gato preto", em 1966. Além disso, também existiram motins no século dezoito na Inglaterra, dentro de uma ''casa Molly'' (casa de maric*s, bar gay pré moderno) e uma rebelião contra uma lei homofóbica em Tessalônia (na Grécia), no ano de 388 da Era Comum (EC).
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Texto levemente adaptado do original de Walter Silva — ativista e pesquisador independente da cultura e memória da comunidade Gay
Via Daily Dharma: Taking a Path toward Deeper Understanding
The
path of right intention is the innate power of awareness to open our
minds into deeper understanding. We can move beyond the limits of our
own survival. We can indeed overcome conventional desires and concepts
to act selflessly for the benefit of others.
—Douglas Penick, “Exploring What Is”
—Douglas Penick, “Exploring What Is”
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